A vida não é um problema a ser resolvido e sim um mistério a ser experimentado".(Joseph Campbell)

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

UMA PASSAGEM DO PEQUENO PRÍNCIPE...

(...) "E foi então que apareceu a raposa: - Bom dia - disse a raposa. - Bom dia - respondeu polidamente o principezinho que se voltou mas não viu nada. - Eu estou aqui - disse a voz, debaixo da macieira... - Quem és tu? - perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita. - Sou uma raposa - disse a raposa. - Vem brincar comigo - propôs o princípe - estou tão triste... - Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. - Não me cativaram ainda. - Ah! Desculpa - disse o principezinho. Após uma reflexão, acrescentou: - O que quer dizer "cativar"?- Tu não és daqui - disse a raposa. - Que procuras? - Procuro amigos - disse. - Que quer dizer cativar? - É uma coisa muito esquecida - disse a raposa. - Significa "criar laços"... - Criar laços? - Exatamente. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessiddade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo... Mas a raposa voltou a sua idéia: - Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música. E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo... A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe: - Por favor, cativa-me! - disse ela. - Bem quisera - disse o principe - mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer. - A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa. - Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me! - Os homens esqueceram a verdade - disse a raposa. - Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Saint-Exupéry
Minha passagem preferida do livro Pequeno Príncipe. A importância de cativar e ser cativado... E você, já cativou alguém hoje?



Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade.

Mais do que de inteligência, de afeição e doçura.
Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido. Charles Chaplin.

STEPHENIE MEYER, A AUTORA DA SAGA CREPÚSCULO


"Crepúsculo" é o primeiro livro da saga "Luz e Escuridão" de Stephenie Meyer e tem já uma legião de seguidores que correram para as salas de cinema para ver a adaptação da história para o grande ecrã.
O fascínio dos romances sobre vampiros regressou. Desde "Drácula", de Bram Stoker, que nenhum outro livro tinha igualado aquele clássico do século XIX. Exagero? Talvez não. "Crepúsculo" ("Twilight", na versão original), o primeiro livro da saga "Luz e Escuridão", editado em 2005, é já considerado um caso de sucesso mundial, comparado ao fenómeno Harry Potter.
O livro originou um
filme com o mesmo nome. Realizado por Catherine Hardwick ("Treze"), conta com Kristen Stewart ("Sala do Pânico") e Robert Pattinson (Cedric de "Harry Potter") como personagens principais.
"Crepúsculo" estreou no passado dia 21 de Novembro nos Estados Unidos e as salas de cinema encheram-se de fãs para ver os seus vampiros preferidos. Os números falam por si: segundo a revista "People", 2 mil sessões de cinema estavam completamente esgotadas. Só no fim-de-semana de estreia, o filme obteve perto de 70,55 milhões de dólares (cerca de 57 milhões de euros), ultrapassando o campeão da semana passada "007 – Quantum of Solace".
Universal, como Potter
Recentemente,
Stephenie Meyer foi eleita uma das 25 personalidades do ano pela revista americana "Entertainment Weekly", pelo enorme sucesso que os seus livros têm atingido.
Mas desengane-se quem pensa que isto são histórias para adolescentes; tal como aconteceu com os livros de J. K. Rowling, também os adultos se apaixonaram pelos vampiros de Meyer, passando os livros das mãos dos filhos para os pais. "Crepúsculo" tornou-se um exemplo de literatura transversal a todas as idades, ultrapassando a faixa etária dos 30 anos, sendo a maioria mulheres.
História nasceu de um sonho.
A escritora começou a escrever o primeiro romance da saga em Junho de 2003, a partir de um sonho. Ao acordar, sentou-se ao computador e, tentando recordar-se de tudo, iniciou a
história que agora apaixona leitores de todas as idades, chamando ainda às personagens de "ele" e "ela". A partir daí, escreveu todos os dias, até chegar ao ponto em que está agora, que mal consegue deixar Forks, a cidade onde tudo acontece.
Depois de muitos fãs de Harry Potter terem "chorado" por a saga ter acabado, as esperanças viram-se agora para "Crepúsculo", o novo fenómeno que está atrair milhões de fãs. Apesar da história não ser em nada semelhante, o facto de envolver adolescentes e mundos ficcionais, está a colocá-la ao nível de Potter, um dos fenómenos recentes mais mediáticos.
Joana Vasconcelos

sábado, 26 de setembro de 2009

EU E CREPÚSCULO

Adorei o filme e os quatro livros da saga Crepúsuculo. Realmente fascinante, pois quem já não teve dezessete anos e um primeiro amor avassalador como o de Bella e Edward? Quem já não teve perdas? Quem já não sofreu por amor...? Talvez, todas essas questões tão humanas e tão perto da gente, tenha feito com que eu tenha me apaixonado por Crepúsculo.Confesso que meus dias se transformaram enquanto lia os livros.Eu não pensava em mais nada, só em chegar logo em casa para devorar os capítulos ansiosamente. Os dois primeiros livros li em dois dias.E o terceiro e quarto em três. Confesso que muitas vezes as lágrimas pingavam e embaçavam meus olhos não deixando que eu continuasse a leitura, outras vezes ria sozinha. Mas o certo, é que me apaixonei perdidamente pela história de amor de Bella e Edward e quis sim ter vivido um amor assim, quis ter tido em minha vida um Edward, tão protetor, tão carinhoso,tão tudo... Fiquei pensando esses dias que o livro e o filme não fizeram esse tremendo sucesso porque trazem a tona histórias de vampiros e lobisomens, mas sim porque são um hino ao amor,àquele amor verdadeiro,àquele amor em que se morre se for preciso pela pessoa amada, amor esse tão escasso hoje em dia... É por isso que a autora Stephenie Meyer é hoje uma celebridade, porque ousa trazer a nós esse amor puro, verdadeiro que parece estar perdido em um mundo tão materialista e que faz tanta falta aos seres humanos.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

CLAIR DE LUNE COMPOSIÇAO DE DEBUSSY, COMPLETA 104 ANOS

O luar surge na face escura da Terra há bilhões de anos, embora somente há 100 anos tenha se traduzido em música. Clair de Lune, uma das composições clássicas mais belas e executadas em todo mundo completa 104 anos.Composta em 1905, como parte da Suíte Bergamasca, Clair de Lune imortalizou seu criador, o francês Claude Debussy, e tornou-se um dos maiores ícones da música erudita em todo mundo.
Para chegar a compor sua grande obra, Claude Debussy superou inúmeras barreiras. Em 1862, quando nasceu, sua família passava por dificuldades. O menino de cabeça disforme e temperamento extremamente introvertido, chegou a ser apontado como vítima de um retardamento mental, incapacitado para o aprendizado, inclusive da música. Filho de um pequeno comerciante de Saint Germane en Laye, teve uma infância humilde, repleta de rejeição.
Aos nove anos de idade, Debussy teve seu primeiro contato com o piano, instrumento para o qual compôs Clair de Lune. Isto ocorreu quando residia em Cannes, na casa de seus padrinhos. Os primeiros professores nunca viram nele qualquer potencial. Era um aluno medíocre e foi rejeitado ao tentar estudar no conservatório de música de Paris. Por insistência de uma influente professora, acabou aceito, porém com reservas.
Foram mais de 10 anos de estudos exaustivos e conflitos com seus mestres. Debussy insistia em subverter os rígidos padrões de composição e execução da música erudita. Um temperamento inquieto, contestador, que levou-o rapidamente a enfronhar-se na efervescência cultural da época, na qual despontavam Rimbaud, Balzac, Manet, Renoir e Van Gogh.
O destino levou Debussy a ser um dos compositores mais executados em toda França e ser incluído como um dos expoentes do movimento impressionista. Sua obra converteu-se na precursora da música moderna e o elevou ao status de um dos mais importantes compositores do final do século 19 e começo do 20.
O genial Debussy apresentou a partitura de Clair de Lune em 1905. Nesta época, já sentia os primeiros sintomas do câncer que acabaria com sua vida, 13 anos mais tarde, no dia 25 de março de 1918, em Paris. Sua inspiração teria vindo de um momento de extrema solidão, na sacada de um prédio, ao ver o clarão da Lua cheia sobre a capital francesa. Essa é apenas uma das várias histórias que cercam a vida deste músico e, no entanto, nunca confirmada.
De tão popular, no afã de aproximar-se ainda mais de sua beleza, o título Clair de Lune, em francês, acabou sendo distorcido em outras línguas, sendo também chamado de Claire de Lune. Na verdade, isto pouco importa, ao ouvir e deixar-se levar pela singeleza de suas notas, pela leveza da construção de frases um tanto melancólicas, lindas e serenamente angustiadas. Neste momento só existirá a sensação de imortalidade da obra de Debussy.
Só restará, então, a fantasia de se pensar em quantos amores e paixões foram irrompidos e sepultados no devaneio desta música ao longo deste século. Quantos poemas escritos sob suas notas perfeitamente precisas, numa harmonia carregada de emoção. Ou naqueles que quiseram sentir o mesmo que Debussy e tantos outros que tiveram a rara felicidade de serem tocados por tamanha sensibilidade.
Depois de se escutar Clair de Lune se tem a certeza de que a música pode se transformar numa imensa e celestial pintura. Num retrato impressionista e único do espetáculo da natureza, que sem custar uma só moeda a ninguém, é derramado diariamente pelo Universo sobre a Terra. Mais que uma tradução, Debussy comprovou que a alegria se confunde com a euforia assim como a felicidade se aproxima de uma cândida tristeza.
Júlio Ottoboni

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

PRIMAVERA É TEMPO DE FLUIR COM A ENERGIA, FLORESCER E DEIXAR ACONTECER...

No Oriente, em tempos antigos, a cada troca de estação, a casa e as roupas recebiam cores a aromas especiais, comemorando solstícios e equinócios, celebrando os ciclos da natureza. Os sentidos, refinados,eram "chamados" a perceber a nova estação. A Primavera, em especial, é a estação da renovação.É o período de renovar nossas energias físicas, de iniciar novos projetos, de purificar nossas casas. A delicadeza, uma grande virtude a ser cultivada, dá o tom da estação. Nesta época, o vento e a brisa suave preenchem a vida com novos significados. É tempo de fluir com a energia, florescer e deixar acontecer. A vida é movimento. Crie novos significados para ver, tocar, ouvir, saborear e cheirar... O segredo desta estação é saber equilibrar. Tempo de temperança. Plante árvores no seu jardim de primavera. Deixe a vida florescer...
Postado

domingo, 20 de setembro de 2009

ABELARDO E HELOISA, OS PADROEIROS DOS ENAMORADOS NA FRANÇA


Fujo para longe de ti,evitando-te como a um inimigo,
mas incessantemente te procuro em meu pensamento.
Trago tua imagem em minha memória e assim me traio e contradigo,
eu te odeio, eu te amo."
Carta de Abelardo a Heloísa.

"É certo que quanto maior é a causa da dor,
maior se faza necessidade de para ela encontrar consolo,
e este ninguém pode me dar,
além de ti.
Tu és a causa de minha pena,e só tu podes me proporcionar conforto.
Só tu tens o poder de me entristecer,de me fazer feliz ou trazer consolo."
Carta de Heloísa a Abelardo

O romance entre Heloísa e o filósofo Pedro Abelardo iniciou-se em Paris, no período entre o final da Idade Média e o início da Renascença. Ela tinha 17 anos e ele 37.
Abelardo havia sido recentemente pela Escola Catedral de Notre Dame, tornando-se, em pouco tempo, muito conhecido por admirar os filósofos não-cristãos, numa época de forte poder da Igreja Católica.
Heloísa, que já ouvira falar sobre Abelardo e se interessava por suas teorias polêmicas, tentou aproximar-se dele através de seus professores, mas suas tentativas foram em vão.
Numa tarde Heloísa saiu para passear com sua criada Sibyle, e aproximou-se de um grupo de estudantes reunidos em torno de alguém. Seu chapéu foi levado pelo vento, indo parar justamente nos pés do jovem que era o centro da atenções, o mestre Abelardo. Ao escutar seu nome, o coração de Heloísa disparou. Ele apanhou o chapéu, e quando Heloísa aproximou-se para pegá-lo, ele logo a reconheceu como Heloísa de Notre Dame, convidando-a para juntar-se
ao grupo. Risos jocosos foram ouvidos, mas cessaram imediatamente quando o olhar dos dois posaram um sobre o outro. Heloísa recolocou seu chapéu, fez uma reverência a Abelardo e se retirou.
Desde esse encontro, porém, Heloísa não consegui mais esquecer Abelardo. Fingiu estar doente, dispensou seus antigos professores e passou a interessar-se pelas obras de Platão e Ovídio, pelo Cântico dos Cânticos, pela alquimia e pelo estudo dos filtros, essências e ervas. Ela sabia que Abelardo seria atraído por suas atividades e viria até elas. Quando ficou sabendo dos estudos de Heloísa, conforme previsto por ela Abelardo imediatamente a procurou.
Abelardo tornou-se amigo de Fulbert de Notre Dame, tio e tutor de Heloísa que logo o aceitou como o mais novo professor de sua sobrinha, hospedando-o em sua casa, em troca das aulas noturnas que ele lhe daria. Em pouco tempo essas aulas passaram a ser ansiosamente aguardadas e, sem demora, contando com a confiança de Fulbert, passaram a ficar a sós. Fulbert ia dormir, e a criada retirava-se discretamente para o quarto ao lado.
Em alguns meses, conheciam-se muito bem, e só tinham paz quando estavam juntos. Um dia Abelardo tirou o cinto que prendi a túnica de Heloísa e os dois se amaram apaixonadamente. A partir desse momento Abelardo passou a se desinteressar-se de tudo, só pensando em Heloísa, descuidando-se de suas obrigações como professor.
Os problemas começaram a surgir. Primeiro, esse amor começou a esbarrar nos conceitos da época, quando os intelectuais, como Heloísa e Abelardo, racionalizavam o amor, acreditando que os impulsos sensuais deveriam ser reprimidos pelo intelecto. Não havia lugar para o desejo, que era um componente muito forte no relacionamento dos dois, originando um intenso conflitos para ambos. Ao mesmo tempo Sibyle, a criada, adoecera, e uma outra serva que a substituíra encontrou uma carta de Abelardo dirigida a Heloísa, e a entregou a Fulbert, que imediatamente o expulsou. No entanto isso não foi suficiente para separá-lo.
Heloísa preparou poções para seu tio dormir e, com a ajuda da criada Sibyle, Abelardo foi conduzido ao porão, local que passou a ser o ponto de encontro dos dois.
Uma noite, porém, alertado por outra criada, Fulbert acabou por descobri-los. Heloísa foi espancada, e a casa passou a ser cuidadosamente vigiada. Mesmo assim o amor de Abelardo e Heloísa não diminuiu, e eles passaram a se encontrar onde pudessem, em sacristias, confessionários e catedrais, os únicos lugares que Heloísa podia frequentar sem acompanhantes a seu lado.
Heloísa acabou engravidando, e para evitar aquele escândalo, Abelardo levou-a à aldeia de Pallet, situada no interior da França. Ali, Abelardo deixou Heloísa aos cuidados de sua irmã e voltou a Paris, mas não aguentou a solidão que sentia, longe de sua amada, e resolveu falar com Fulbert, para pedir seu perdão e a mão de Heloísa em casamento.
Surpreendentemente, Fulbert o perdoou e concordou com o casamento.
Ao receber as boas novas, Heloísa, deixando a criança com a irmã de Abelardo, voltou a Paris, sentindo, no entanto, um prenúncio de tragédia. Casaram-se no meio da noite, às pressas, numa pequena ala da Catedral de Notre Dame, sem nem trocar alianças ou um beijo diante do sacerdote.
O sigilo do casamento não durou muito, e logo começaram a zombar de Heloísa e da educação que Fulbert dera a ela. Ofendido, Fulbert resolveu dar um fim àquilo tudo. Contratou dois carrascos e pagou-os para invadirem o quarto de Abelardo durante a noite e arrancar-lhe o membro viril.
Após essa tragédia, Alberto e Heloísa jamais voltaram a se falar.
Ela ingressou no convento de Santa Maria de Argenteul, em profundo estado de depressão, só retornando à vida aos poucos, conforme as notícias de melhora de seu amado iam surgindo. Para tentar amenizar a dor que sentiam pela falta um do outro, ambos passaram a dedicar-se exclusivamente ao trabalho.
Abelardo construiu uma escola-mosteiro ao lado da escola-convento de Heloísa. Viam-se diariamente, mas não se falavam nunca. Apenas trocavam cartas apaixonadas.
Abelardo morreu em 142, com 63 anos, Heloísa ergueu um grande sepulcro em sua homenagem, e faleceu algum tempo depois, sendo, por iniciativa de suas alunas, sepultada ao lado de Abelardo.
Conta-se que, ao abrirem a sepultura de Abelardo, para ali depositarem Heloísa, encontraram seu corpo ainda intacto e de braços abertos, como se estivesse aguardando a chegada de sua amada.

Esta é a história real vivida por Abelardo e Heloisa, que se encontra em um filme feito em 1988, de nome “Stealing Heaven." Já fazem 21 anos que o assisti, mas sempre que o assisto parece ser a primeira vez, pois meu coração chora de emoção. Como deve ter sido triste encontrar o verdadeiro amor e não poder vivê-lo em toda sua plenitude... Como acredito que a vida continua creio piamente que Abelardo e Heloisa formam duas almas perfeitamente distintas, porém sempre unidas...

sábado, 12 de setembro de 2009

CLAIRE DE LUNE

Ouvi essa música pela primeira vez na novela Alma gêmea da Rede Globo em 2005 e nunca mais a esqueci. Recentemente voltei a ouví-la no filme "Crepúsculo" na cena em que Edward e Bella dançam juntos no quarto do rapaz, uma cena pra lá de linda...! Engraçado, mas essa música tem o dom de me transportar para um lugar em que jamais estive... que jamais conheci... Ela me dá até vontade de chorar, não sei porque... Acho que porque é profunda demais e toca a gente. É, sem sombra de dúvida a música mais linda que meus ouvidos já escutaram e meu coração já sentiu... Linda! Faz a gente pensar e ter saudades de algo que a gente nem sabe o que é...
Como Debussy devia estar inspirado ao compor essa linda melodia que parece calar na alma...

Seu nome é "CLAIRE DE LUNE" ou seja, Clarão da Lua. Lindo demais!!!!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

LENDAS SOBRE AS BRUXAS

*Quando de um casal nascem sete filhas; sem nascer nenhum menino entre o espaço, a primeira ou a última será, fatalmente, uma bruxa. Para que isso não venha a acontecer é necessário que a irmã mais velha seja a madrinha de batismo da mais moça. São apontadas, como tal, certas mulheres magras, feias, antipáticas.
*Dizem que têm pacto com o demônio, lançam maus-olhados, acarretam enfermidades com os seus bruxedos etc. Costumam transformar-se em mariposas e penetram nas casas pelo buraco da fechadura. Tem por hábito chupar o sangue das crianças ou mesmo de pessoas adultas, fazendo-as adormecer profundamente. A marca do chupão deixado na pele, chama o vulgo de "melancolia".
*Antigamente, quando um recém-nascido começava a emagrecer e definhar até a morte, principalmente os que ainda não haviam sido batizados, acreditava-se em "doença da bruxa". Para que as crianças não batizadas não sejam atacadas pelas bruxas, deve-se conservar luz acesa no quarto.


*Os pais, ao colocarem o caixão da criança atravessado na porta da casa, a primeira mulher que aparecesse seria a bruxa, vindo mais uma vez buscar a vida de uma criança, para assim manter-se eternamente jovem.
Era costume também, proteger as crianças dando-lhes remédios à base de alho e colocando tesouras abertas embaixo dos seus travesseiros. A criança atacada por uma bruxa ingere carvão, cal de parede, terra e outras substâncias estranhas.
*As bruxas realmente existem, garante a sabedoria popular. Sabe-se que uma mulher é bruxa, quando dá a apertar a mão canhota (esquerda). Há ainda, outro processo de identificar uma bruxa: vira-se a lingüeta da fechadura de uma canastra. A bruxa, ao entrar em casa, a primeira coisa que faz é pedir para endireitar-se a lingüeta.


*Existe, também, uma oração contra elas; quem as possui consegue descobri-la e prendê-la e também não adormece quando ela a noite penetra em casa. A pessoa assim presumida toma para prendê-la, de um tacho ou uma medida de alqueire, e logo que a bruxa entra em casa, emborca o tacho ou a medida e ela fica incapaz de sair.
*As lendas de bruxas, "lobisomens" e outros seres que habitam a fértil imaginação dos populares formam um capítulo a parte. Muitos juram, de pés juntos, que as bruxas andam as soltas nas belas noites de luar, fazendo seus rituais bruxólicos e espalhando no ar toda a magia de suas fascinantes feitiçarias. Manoel Agostinho - Barra da Lagoa