A vida não é um problema a ser resolvido e sim um mistério a ser experimentado".(Joseph Campbell)

sábado, 24 de abril de 2010

A VIDA DO OUTRO LADO



A VIDA DO OUTRO LADO Sylvia Browne com Lindsay Harrison Editora Sextante – 190 páginas

Como médium e espiritualista, vovó estava certa de que o inferno e suas possessões diabólicas eram criações do homem e não tinham nada a ver com Deus, e que satã era tão real quanto o bicho-papão.

O problema é que todo o processo da confissão me parecia ilógico. Se precisasse de algum intermediário entre mim e Deus, eu não devia mais me preocupar em rezar. (...) E se Deus ama a todos nós da mesma maneira, por que Ele daria mais atenção a esse padre pedindo perdão por mim do que se eu pedisse diretamente?Talvez o mais confuso dos tópicos para mim fosse a vida após a morte. Conforme me explicaram, a cada um de nós é dada uma existência na Terra, após a qual ou somos banidos para a eternidade do inferno devido a qualquer infração – de assassinato ao uso de anticoncepcionais – ou somos aceitos no céu, onde passaremos a eternidade contemplando a Visão Beatífica, o que parece ótimo, mas não muito produtivo.

Levei sempre as minhas dúvidas a Francine e a vovó Ada. Nas inúmeras conversas que tivemos, elas me ensinaram a nunca desrespeitar o catolicismo ou qualquer outra religião, pois, no final, concordando ou não com cada um de seus detalhes, em essência todas elas ensinam a mesma lição: ame a Deus, faça bem ao próximo e retorne ao Lar.O Outro Lado não é um paraíso distante além das nuvens. Ele existe realmente, logo aqui entre nós, a apenas noventa centímetros acima do chão, porém em outra dimensão cuja vibração é muito mais alta do que a nossa.Nosso verdadeiro Lar é o Outro Lado, e não a Terra. É de lá que todos viemos, e nossa viagem para lá é a volta a um lugar conhecido, onde nos lembramos completamente do motivo pelo qual nos ausentamos e o que esperávamos cumprir com essa ausência.Já fizemos a viagem de ida e volta muitas vezes e a faremos muitas outras, por isso sabemos exatamente como sair daqui e chegar lá.Sentimos tanta saudade do Outro Lado, que cada um de nós faz viagens astrais para lá durante o sono pelo menos duas ou três vezes por semana, embora não nos lembramos delas no nível consciente.O Outro lado não é um lugar místico “em algum ponto lá em cima”. Ele está logo aqui entre nós, a meros noventa centímetros do chão.No Outro Lado, onde o tempo não existe, onde tudo o que tem vida sempre esteve e estará, nada envelhece, nada apodrece, nada se corrói. Cada milímetro quadrado de terra, cada gota de água, tudo é magnificamente, eternamente novo.Será possível acreditar que Deus está esperando ansiosamente para ouvir de um daqueles comitês a sua decisão sobre o que é ou não um milagre, ou quem é santo e quem perdeu a vez?(...) Existem cerca de seis bilhões de indivíduos na Terra. (...) deve haver nesse mundo pessoas extraordinárias, generosas e dedicadas que realizam milagres todos os dias em silêncio, excedendo todas as qualificações necessárias à santidade, sem fazer alarde, sem a atenção da mídia, pessoas sobre as quais o comitê jamais ouviu falar. Garanto que você conhece algumas. Posso garantir que no Outro Lado elas são tão reconhecidas, respeitadas e valorizadas quanto aquelas que possuem um certificado provando que foram “oficialmente” beatificadas. Sugerir que qualquer nível, inclusive a santidade, tenha mais valor aos olhos de Deus é o mesmo que sugerir que Deus ama mais os universitários do que as crianças do jardim-de-infância.Tudo o que estava acontecendo havia sido escrito por mim em meu planejamento antes de eu iniciar esta existência.Podemos considerar as coincidências apenas como situações pitorescas, mas elas são algo muito mais interessante: uma memória consciente, uma antevisão de um momento do mapa que elaboramos, mais provas do Lar e do fato de que, naquele instante, nossa vida estava em perfeita harmonia com os planos que fizemos.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

ISSO É TER TIDO SUCESSO...

Rir muito e com freqüência;

ganhar o respeito de pessoas inteligentes e o afeto das crianças;

merecer a consideração de críticos honestos e suportar a traição de falsos amigos;

apreciar a beleza,

encontrar o melhor nos outros;

deixar o mundo um pouco melhor,

seja por uma saudável criança,

um canteiro de jardim ou uma redimida condição social;

saber que ao menos uma vida respirou mais fácil porque você viveu.

Isso é ter tido sucesso.
Ralph Waldo Emerson

sábado, 3 de abril de 2010

A CRUCIFICAÇÃO E A RESSURREIÇÃO DE JESUS

Achei muito interessante este artigo escrito pela Monica Buonfiglio sobre o martírio de Jesus.Transcrevo-o aqui pra você.


O Calvário

Depois do julgamento de Pilatos, Jesus seguiu para o Calvário. Há os que o agridem com insultos e ameaças; outros, que se ajoelham e choram. Jesus está com a cabeça coroada de espinhos e Maria, à sua direita, é testemunha ocular. Jesus, manso como um cordeiro, não revida os insultos. Seu corpo está coberto de feridas.
Verônica, separando-se do grupo de mulheres, bloqueia o cortejo para limpar o rosto ensanguentado de Jesus. Ao saber que Maria era mãe de Jesus, dirigiu-lhe a palavra, abraçou-a e mostrou o lenço que levava nas mãos: "Olhe!". E ali estava: o rosto de Jesus desenhado no pano. Por duas vezes, Jesus caiu, curvando os joelhos em terra. A caminho do Calvário, Ele encontrou um grupo de mulheres que, apiedadas, choravam. Disse: "Não chorem por mim, mas por vocês e por seus filhos". Jesus cai pela terceira vez; o corpo aviltado e enfraquecido ainda resiste.


A Crucificação

Chegam ao local do suplício e os soldados tiram as vestes de Jesus. O semblante do Messias irradia apenas as virtudes divinas. Seu olhar está repleto de misericórdia. Maria não está suportando ver seu filho nessa situação, prestes a ser pregado na cruz. Retira o véu de sua cabeça, entregando-o aos soldados. Pede que o enrolem aos flancos de seu filho. Os buracos no chão já estão prontos e os lenhos, levantados. O silêncio é quebrado pelas vibrantes batidas do martelo. Três cruzes se erguem para o céu e Jesus está no centro. Os soldados pregam os condenados às cruzes, depois de tê-los despido. Repartiram entre si as vestes e os calçados, exceto a túnica de Jesus. Esta será sorteada nos dados. Era quase meio-dia, "hora sexta" para os romanos. O céu escureceu. Nuvens cobriram o Sol e um vento varreu a terra, levantando o pó.
Segundo os Evangelhos, Jesus foi pregado à cruz na sexta-feira, ao meio-dia, morrendo na "nona hora", ou três da tarde. Era costume colocar uma plaqueta nos pés do crucificado, para que todos conhecessem o motivo da condenação. Na tabuleta aos pés do Messias lia-se: "Jesus, Nazareno, Rei dos judeus" (em latim: INRI - Iesus, Nazarenus, Rex Iudaeorum). Aos pés da cruz está Maria, com a cabeça voltada para o alto.
Algumas horas depois, Jesus com os lábios secos, desejou água. Sua mãe compreende e pede ao soldado que a ajude. Em vez de água, lhe oferecem gotas de vinagre. De repente, Jesus pronuncia em aramaico: Eli, Eli, lamma sabacthani?, que significa: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" São as palavras que dão início ao Salmo 21(22). Para Eliphas Levi, a tradução correta seria "Meu Deus, meu Deus, quanto me glorificas!"
Por três horas Maria sofreu junto a Jesus. Ajoelhada, abraçou a cruz e beijou com ternura os pés chagados do filho. Depois ouviu Jesus dizer: "Tudo está consumado. Pai, em tuas mãos entrego meu espírito"; em seguida Ele deu um grande grito, expirou, reclinou a cabeça e morreu, como informa Marcos.
Os Evangelhos relatam que nesse momento um terremoto sacudiu a terra e as trevas escuras cobriram a Palestina. Todos fugiram, dizendo: "Este era realmente o filho de Deus!". Às 18h, Jesus, considerado morto, foi retirado da cruz. Maria desfaleceu, sendo amparada por aqueles que estavam próximos. Depois, recebeu o corpo do filho morto em seu colo, aquecendo-o em seu coração.
Envolveram o Messias num lençol de linho e nele ficou gravada a imagem do Salvador. Maria, entorpecida diante do acontecimento, abriga o filho morto no colo. Abraça-o com um veemente gesto de amor e deita-se ao longo dele. Envolve-o numa tentativa de trazê-lo junto à sua alma. Com paixão, puxa Jesus para si, como se ela, procriadora da vida, quisesse desafiar Deus por lhes ter imposto este sofrimento.
Antes de ter seu filho levado para a escuridão da sepultura, Maria acariciou o rosto de Jesus pela última vez.


A Ressurreição

Posteriormente, três mulheres foram levar bálsamo para ungir Jesus. Mas para espanto delas, alguém havia removido a pedra do sepulcro. Um jovem trajando vestes brancas - na verdade, um anjo - estava assentado ao lado direito do sepulcro. Ele lhes disse: "Não se assustem. Jesus ressuscitou. Avisem os discípulos". Eis que, depois de três dias, aconteceu a Ressurreição e seu filho, Jesus Cristo, apareceu envolto em glória!
FELIZ PÁSCOA A TODOS! Que o sofrimento de Cristo possa nos tornar mais humanos em um mundo tão desumano...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

DESEJO E REPARAÇÃO

Drama escrito por Ian McEwan (Reparação) é bonito e triste até o fim. Seja pelo drama de Cecília que vê sua história de amor naufragar. Seja por Robbie que é acusado de algo que não cometeu e obrigado a pagar por isso. Ou por Briony que amargará uma culpa por anos. Depois de ver o filme uma certeza é fatal: a culpa é algo que o ser humano carrega para sempre. Não há consolo.

Eu chorei... (como se isso fosse novidade)