A vida não é um problema a ser resolvido e sim um mistério a ser experimentado".(Joseph Campbell)

sábado, 18 de junho de 2011

AQUELA CRIANÇA...

Sabe, amigo desde o dia em que morreu em mim aquela criança que brincava sorridente e despreocupada, correndo e cantando, sem medo da vida, tão cheia de manhas, de risos e graças...
Desde aquele dia as coisas mudaram muito comigo.
Tenho a impressão de que estou complicando tudo.
Faço mil perguntas, quando sei perfeitamente que não há respostas.
Mas, isso não seria o pior: o pior é que vivo angustiada, querendo desvendar, a qualquer preço, certos mistérios que me rodeiam. E parece que não me apercebo que sou pobre e limitada, a ponto de não poder  entender perfeitamente tudo.
Quando aquela criança morava dentro de mim, era diferente...!
Não exigia explicações de tudo e jamais me perturbava a ponto de perder a serenidade diante dos enigmas da vida.
COMO ERA BOM MEU TEMPO DE SIMPLICIDADE!
A vida... eu a recebia simplesmente como um dom e nem tentava descobrir centenas de razões que justificassem meu proceder ou me convencessem de que valia a pena continuar vivendo.
VIVER ERA COMO BRINCAR
VIVER ERA UMA RAZÃO EM SI MESMA, que não necessitava de muitas teorias para sustentá-la.
Hoje, tudo mudou
Preciso procurar, a toda hora, um novo sentido para a vida. Aquela que teria sido eterna em mim -se a cuidasse melhor- agora estava morta.
Com a criança, meu entusiasmo contagiante também morreu.
E agora, os mistérios que me rodeiam me apavoram.
Não sei que caminho seguir.
Tornei-me uma mulher "séria e cheia de cálculos" cheia de previsões e cheia também de incertezas.
SINTO UMA SAUDADE IMENSA DO MEU CORAÇÃO DE CRIANÇA!
Quem sabe nas voltas de algum caminho, vou encontrá-la de novo.
Quem sabe...

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